Os Ciganos
inicialmente se manifestaram na Umbanda dentro da Linha do Oriente.
Mais
tarde, vieram como Linha autônoma e com um campo especializado de atuação, que
se volta muito para a magia visando à prosperidade, à união das famílias, ao
amor, à cura, à quebra de magias negativas, à superação de preconceitos e de
traumas e bloqueios emocionais.
A
Linha dos Ciganos tem a Regência dos Orixás Egunitá (que inclusive é
sincretizada com Santa Sara Kali, a Padroeira do Povo Cigano), Oyá-Tempo e
Yansã.
A
Linha traz o arquétipo de um povo muito antigo e místico, de alma livre,
desapegado e, por isso mesmo, capaz de atrair a prosperidade no campo
espiritual e material e de ensiná-la a quem precise.
Popularmente,
às vezes se pensa que os Ciganos eram apegados a jóias e metais preciosos, mas
o que ocorre é que esses valores eram de fácil transporte para eles, que eram
nômades, e assim procuravam ter meios de subsistência. O desapego e o senso de
liberdade aparecem na sua maneira de viver, que é sustentada em suas crenças,
tradições e na valorização da família. Nunca se envolveram em disputas por
domínio ou conquistas.
Segundo
a maioria dos pesquisadores da atualidade, a origem dos Ciganos está na Índia.
Ao que tudo indica, de início não eram nômades, mas condições adversas os
levaram a peregrinar. Alguns pesquisadores apontam que foram expulsos por
invasores muçulmanos, por volta do século 10, e daí em diante tornaram-se
nômades.
Os
Ciganos são grandes conhecedores da magia, alegres, amantes da natureza, muito
voltados para a família, serenos e sábios conselheiros. São especialistas em
preparar remédios com raízes, folhas, pós e pomadas. São portadores de uma
Energia que favorece muito a prosperidade, pois estimula nas pessoas um
sentimento de liberdade, de amor e celebração da vida, bem como o desapego,
fatores indispensáveis para se atrair a ”boa sorte” e “a fortuna”.
O Povo
Cigano traz uma extraordinária bagagem cultural. Por sua natureza nômade, os Ciganos
viveram em diversas regiões do mundo, acabando por somar aos próprios
conhecimentos aquilo que assimilaram de tantas outras culturas.
Ao
longo da história, os Ciganos enfrentaram inúmeros preconceitos, desconfianças
e acusações injustas, sendo banidos de muitas regiões do planeta. Eram fechados
na sua maneira de viver, no sentido de que falavam um idioma próprio e nunca
tiveram uma tradição escrita, tudo é passado oralmente; e, por serem muito
místicos, pareciam sempre misteriosos. Muitos foram presos e escravizados;
grande número deles foi assassinado na Inquisição e, mais recentemente, pelo
nazismo.
Todos
os povos têm entre si bons e maus elementos; e com os Ciganos não poderia ser
diferente. O que não se pode é julgar todos pelo comportamento da minoria. A
causa de tantas perseguições foi a sua cor de pele e a sua mística (seus dons
místicos), outro motivo nunca foi provado. Eles sofreram porque eram
diferentes; e infelizmente até hoje “ser diferente” incomoda a alguns e gera
atos de preconceito e de discriminação abomináveis.
Apesar de
tudo isso, os Ciganos souberam preservar sua mística, sua alma livre e suas
tradições culturais; inclusive a partir do idioma, o Romani (ou Romanês), até
hoje falado pela grande maioria dos Ciganos de todo o mundo. Eles mantiveram
sua fé, suas crenças, sua sabedoria, sua magia, seu espírito livre de “cidadãos
do mundo”, nunca lutaram por uma terra própria, não se apegaram a pedaço algum
de chão. São “viajantes que dormem sob o teto das estrelas; filhos da Terra, da
água, do vento, do sol, da lua, da chuva, do dia e da noite; e irmãos de todas
as criaturas”, como nos disse um dia uma Entidade Cigana. Existe noção mais
bela de vida do que esta: “ser um viajante”? Afinal, estamos aqui
de passagem...
Por
toda a sua bagagem espiritual e cultural e por sua história de peregrinações e
sofrimento, os Ciganos receberam do Astral Superior uma Linha de Trabalho que
lhes rende homenagem. Não foram aceitos em alguns lugares, quando encarnados.
Mas, ao desencarnar, conquistaram um Grau perante a Espiritualidade; vindo a
somar suas forças às das demais Falanges de Trabalhadores da Umbanda, o que nos
proporciona o privilégio de entrar em contato com esses espíritos antigos, que
muito podem nos auxiliar, como de fato auxiliam, com sua sabedoria de vida.
Trabalham
preferencialmente na Vibração da Direita e neste caso não costumam usar a cor
preta (em velas, roupas etc.). Aqueles que trabalham na Vibração da Esquerda
são os Exus e as Pombagiras Ciganas, Guardiões e Guardiãs a serviço da Luz nas trevas,
dentro dos seus campos de atuação, como todo Guardião e Guardiã.
Os
Ciganos gostam de música e dança. Suas Giras são envolventes, coloridas pelas
suas vestes e, acima de tudo, pela sua energia alegre e amiga.
Usam
muitos elementos magísticos, tais como: lenços e fitas coloridas, moedas,
punhais, espelhos, taças, chaves, baralho, dados, pedras, runas, leques e
incensos. Observam muito as fases da Lua para os seus trabalhos. No geral, a
Lua Cheia é considerada a mais favorável, é a “lua madrinha” dos Ciganos.
Cada
incenso que usam tem uma finalidade específica. Exemplos:
●Mirra-
incenso considerado sagrado. Usado para limpeza, durante e após os rituais, bem
como para desfazer magias negativas;
●Sândalo-
para estabelecer a sintonia com o Astral;
●Lótus- para
paz e tranquilidade;
●Benjoim-
para proteção e limpeza;
●Madeira- para
abrir os caminhos;
●Almíscar-
para favorecer os romances;
●Jasmim-
para o amor;
●Laranja-
para acalmar uma pessoa ou um ambiente.
Costumam
indicar o incenso de sua preferência, ligado ao seu campo específico de
trabalho. Numa oferenda para manutenção, agrado ou tratamento, podemos usar
incenso de rosas (leveza, elevação e louvação espiritual), na falta de
indicação específica.
Alguns
Símbolos Ciganos:
Tudo
no mundo Cigano está envolvo em magia. Há muitos símbolos, como estes:
●Roda
– É o grande símbolo Cigano. Simboliza o “Sansara”, o ir e vir; o passar por
diversos estados; o ciclo nascimento/morte/renascimento. Usado para “o
despertar da consciência” e assim promover a evolução e o
equilíbrio.
●Estrela
de seis pontas- Simboliza proteção. É o símbolo dos grandes Chefes Ciganos.
Usado como talismã de proteção contra inimigos visíveis e invisíveis. Também
conhecido como Estrela Cigana e Estrela de David. Representa sucesso e evolução
interior. Suas seis pontas formam dois triângulos iguais, que indicam a
igualdade entre o que está encima e o que está embaixo (princípio de uma das
Leis Herméticas).
●Estrela
de cinco pontas (pentagrama)- Simboliza evolução, o domínio dos cinco sentidos.
Usado para proteção, está associado à intuição, à sorte e ao
êxito.
●Ferradura-
Simboliza energia e sorte. Os Ciganos a consideram um poderoso talismã. É usada
para atrair energia positiva, a boa sorte e a fortuna e para afastar a má
sorte. Também representa o esforço e o trabalho.
●Chave-
Simboliza as soluções. Usada para atrair boas soluções de problemas. Quando
trabalhada no fogo, atrai sucesso e riquezas.
●Lua-
Simboliza a magia e os mistérios. Usada geralmente pelas Ciganas para atrair
percepção, o poder feminino, a cura e o exorcismo, e sempre atentando para as
suas fases: Nova, Crescente, Cheia e Minguante. A Lua Cheia é o
maior símbolo de ligação com o Sagrado, sendo chamada de “madrinha”. As grandes
festas Ciganas sempre acontecem em noites de Lua Cheia.
●Coruja-
Simboliza "ver a totalidade". É usado para ampliar a percepção com a
sabedoria, possibilitando ver a totalidade, o consciente e o inconsciente.
●Âncora-
Simboliza segurança. Usada para trazer segurança e equilíbrio no plano físico,
inclusive financeiro, e para se livrar de perdas materiais.
●Moeda-
Simboliza proteção e prosperidade. Usada contra energias negativas e para
atrair dinheiro. É associada ao equilíbrio e à justiça, bem como à
riqueza material e espiritual representada nas duas faces da moeda (cara e
coroa). Para os Ciganos, cara é o ouro físico; e coroa é o espiritual.
●Punhal-
Simboliza força, poder, vitória e superação. Muito usado nos rituais de magia,
tem o poder de transmutar energias. Os Ciganos usavam o punhal para abrir matas
e por isso ele é um dos grandes símbolos de superação e pioneirismo, além da
roda.
●Taça-
Simboliza união e receptividade (qualquer líquido cabe nela e adquire sua
forma). No casamento Cigano, os noivos tomam vinho numa única taça,
representando valor e comunhão eterna.
●Trevo-
É o símbolo mais tradicional de boa sorte. O trevo de quatro folhas traz
felicidade e fortuna; encontrar um é prenúncio de boas notícias.
A
Devoção a SANTA SARA KALI
A maior
peregrinação dos Ciganos é a que acontece para Saintes-Maries-de-La-Mèr, na
região de Camargue (Sul da França), onde fica o Santuário de Santa Sara. Todos
os anos, Ciganos do mundo inteiro peregrinam às margens do mar Mediterrâneo
para louvar Santa Sara, nos dias 24 e 25 de maio.
A
origem do culto a Santa Sara permanece um mistério. Foi provavelmente na
primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande
peregrinação anual a Camargue.
Contam-se
muitos milagres atribuídos a Santa Sara, considerada a Padroeira do Povo
Cigano.
Além
de trazer saúde e prosperidade, Santa Sara Kali é cultuada pelas Ciganas por
ajudá-las diante da dificuldade de engravidar e como protetora dos partos
difíceis.
Muitas
Ciganas que não conseguiam ter filhos faziam promessas: se
concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mèr, cumprindo
uma noite de vigília e depositando em seus pés, como oferenda, o mais bonito
lenço (diklô) que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que
muitas Ciganas receberam esta graça.
Existem
muitas lendas sobre Santa Sara.
Uma
delas conta que entre os anos 44 e 45 d.C., quando o rei Herodes perseguia os
cristãos, alguns discípulos de Jesus foram colocados no mar, em embarcações sem
remos e sem provisões, entregues à própria sorte. Numa dessas embarcações
estavam Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino
que, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar. As três Marias
entraram em desespero, chorando e rezando.
Então,
Sara retirou o diklô (lenço) da cabeça, chamou por Kristesko (Jesus Cristo) e
fez um juramento: se todos se salvassem, ela seria escrava do
Mestre Jesus e jamais andaria com a cabeça descoberta, em sinal de
respeito.
Milagrosamente,
a barca atravessou o oceano e aportou em Petit-Rhône, hoje
Saintes-Maries-de-La-Mèr, na França. E Sara cumpriu sua promessa até ao
fim de seus dias.
Até
hoje, o diklô (lenço) é um simbolismo forte entre os Ciganos. Significa a
aliança da mulher casada, um sinal de respeito e fidelidade.
Nomes
Simbólicos:
De
Ciganos: Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor,
Vitor, Ramon etc.
De
Ciganas: Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria
Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita etc.
Dia
da Semana: A 5ª-feira, associada ao planeta Júpiter e ao Orixá
Egunitá.
Campo de
Atuação: Atração da prosperidade em todos os sentidos; despertar
a consciência, o desapego, o senso de liberdade e de amor pela vida; cura
espiritual e física; corte de magias negativas.
Ponto
de Força: Espaços abertos, jardins e campos floridos.
Cor: Cores
variadas: violeta, azul noite (“royal”), verde, rosa, amarelo, vermelho, branco
etc. Os Ciganos que trabalham na Direita não costumam usar a cor preta.
Saudação: Salve
a Roda e a Fortuna!
Elementos
de Trabalho: Baralho, espelho, punhal, dados, cristais (pedras
coloridas), moedas antigas, medalhas, estrelas de seis e de cinco pontas,
chave, ferradura, trevo, taça, roda, âncora, fitas e lenços coloridos,
instrumentos musicais, leques, folha de sândalo, raiz de violeta, folha de
tabaco, tacho de cobre ou de prata, cestas de vime, areia de rio, vinho, perfumes.
Sementes: Girassol,
trigo, lentilhas, grão de bico, grãos em geral.
Ervas:Jasmim;
alecrim; sálvia; hortelã; pétalas de rosas; folha de laranja e limão; folha de
louro; pétalas, folhas e raiz de violeta; canela; cravo; folha de tabaco;
folha de sândalo. Especialmente são indicadas as ervas dos Orixás
Oyá-Tempo, Yansã e Egunitá.
Incensos: Mirra,
sândalo, benjoim, lótus, jasmim, almíscar, madeira, rosas, canela, cravo,
laranja.
Pedras: Os
Ciganos trabalham com Pedras de cores variadas: violeta, verde, amarelo,
vermelho, pedras brancas etc., e que tenham brilho, beleza e transparência.
Algumas pedras: Quartzo Branco Leitoso, Esmeralda, Turmalina Verde, Citrino,
Pirita, Granada. (Fonte: Angélica Lisanty, “Os Cristais e os
Orixás”, Madras Editora.)
Bebidas: Chá
preto ou mate com frutas picadas; suco de frutas; leite ou água com mel; chá
branco; vinho tinto com mel; licor.
Frutas: Maçã,
romã, morango, uvas verdes, pêssego, banana, ameixa, tâmara, damasco, figo
maduro, frutas cristalizadas, frutas secas (uva-passa, nozes, avelãs,
castanhas, figo seco, damasco seco etc.), laranja, limão.
Flores: Flores
do campo; rosas vermelhas, amarelas e cor-de-rosa; violetas; girassol.
Oferenda
ritual: Frutas frescas e/ou secas; pães ou farinha de trigo com mel;
flores e fitas coloridas; moedas; água com mel incenso; velas. Depositar sobre
folhas de eucalipto, alecrim e/ou sálvia. Acender o incenso. Circular com água
e mel. Firmar velas: branca, violeta, rosa, azul, amarela, verde e vermelha. Se
a oferenda for realizada na natureza, recolher o material depois que as velas
queimarem, agradecer e colocar no lixo.
Cozinha
Ritualística- Comidas Típicas Ciganas:
1-Arroz
da esperança- ●Para restaurar a esperança. ●Ingredientes: duas xícaras de arroz
cozido; meia xícara de manteiga derretida; meia xícara de cebola picada; meia
xícara de queijo suíço picado; dois ovos batidos; duas xícaras de leite; um
maço de espinafre cozido e picado; um maço de brócolis cortado e cozido; uma
colher de sal com alho.
●Misturar os ingredientes e assar por uns 20 minutos. Servir com a salada verde de sua preferência.
●Misturar os ingredientes e assar por uns 20 minutos. Servir com a salada verde de sua preferência.
2- Batatas
da felicidade- ●Para quebrar a tristeza. ●Ingredientes: 6 batatas grandes; um
quarto de xícara de manteiga; 200 gramas de iogurte; 1 colher de chá de
alecrim; 2 colheres de chá de salsinha picada; uma colher de café de sálvia; 1
pitada de sal e uma de pimenta do reino; 1 colher de sopa de manteiga
derretida; 1 xícara de salsinha picada para enfeitar. ●Cozinhar as batatas com
casca, até ficarem macias. Descascar e fazer um buraco em cada uma delas. Pegar
a polpa retirada das batatas e amassar bem, adicionar um quarto de xícara de
manteiga e mexer. Juntar o iogurte, o alecrim, a salsinha, a sálvia, o sal e a
pimenta, batendo bem, até obter uma mistura cremosa e fofa. Rechear as
batatas e pincelar com a manteiga derretida. Colocar numa assadeira de cerâmica
e assar em forno quente por 15 minutos. Salpicar a salsa picadinha.
3- FEIJÃO
DA BRUXA - ●Protege contra energias malignas. ●Atenção para o significado de
cada ingrediente e forma de preparo. ●Ingredientes: Duas xícaras de feijão
(grão que germina e nos vitaliza); 1 cebola pequena ralada; 3 folhas de louro
(para visões e boa sorte); meia colher (café) de noz-moscada ralada (atrai a
prosperidade); pétalas de rosa fresca (para o amor); 4 colheres de azeite de
oliva (energia); 1 colher (chá) de gengibre ralado (para proteção); 2 dentes de
alho em fatias finas; um pedacinho de canela (estimulante sexual; traz dinheiro
e felicidade); sal a gosto; salsinha picada; água mineral para cozinhar. ●Lavar
o feijão e colocá-lo para cozinhar na água com o sal, de preferência num
caldeirão de ferro. Reservar. Numa frigideira, juntar o óleo, o alho a cebola e
os demais ingredientes e dar uma leve fritada, mexendo com cuidado e utilizando
uma colher de pau. Despejar esses ingredientes no feijão e mexer em
sentido horário, pedindo a Deus que te dê aquilo que julgas precisar.
4- Bolo
de Especiarias― ●Preparar com o pensamento voltado para Deus, pedindo
prosperidade. Usar uma colher de pau para mexer. ● Massa: Um leite condensado;
meia xícara (chá) de mel; 1 colher (sopa) de café solúvel; 2 ovos inteiros; 2
xícaras e meia (chá) de farinha de trigo; 1 xícara (chá) de chocolate em pó; 1
pitada de sal; 1 colher (sopa) de fermento em pó; 1 colher (chá) de canela em
pó; meia colher (chá) de cravo em pó; meia colher (chá) de noz-moscada em pó;
meia xícara (chá) de amêndoas; meia xícara de uva passa branca; meia xícara de
ameixa picada; ●Glacê: 2 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro, 2 claras em
neve, 1 colher (sopa) de limão ●Preparo: Levar o leite condensado, o mel e o
café solúvel ao fogo brando e misturar por uns 5 minutos. Retirar do fogo e
mexer até amornar. Bater os ovos e acrescentar à mistura, sempre batendo. Aos
poucos, colocar a farinha, o chocolate em pó, o fermento, o sal, a canela e a
noz-moscada, misturando até formar uma massa homogênea. Acrescentar as
amêndoas, as passas e as ameixas, mexendo devagar com uma colher de pau e
pedindo prosperidade. Colocar em assadeira untada e levar ao forno médio.
Depois de assado e ainda quente, enfeitar com o glacê.
5-Armianca:
Salada de alface e tomate em rodelas, champignon, queijo de cabra, cenoura,
beterraba em pedaços e berinjela frita em tiras. Enfeitar com uvas-passas,
raminhos de hortelã e pétalas de flores.
6-Assados
e Carnes: ●Pernil de carneiro; ●Pernil de leitão; ●Carne de cabrito frita com
arroz e brócolis (ou com lentilha ou nozes); ●Roletes de carne bovina ou de
frango com pedaços de cebola, tomate e de pimentão verde e amarelo; ●Costela
defumada bovina ou suína e bacon, ao molho vermelho de tomate e pimentão, com
batatas pequenas cozidas na casca e páprica doce; ●Charutos (rolinhos) feitos
em folha de repolho e recheados com lombo ou carne bovina moída, azeitonas,
bacon e molho dourado. Também podem ser feitos em folha de uva e recheados com
bacalhau.
7-Queijo
de cabra cru ou frito.
8-
Ponche de Frutas com champanhe e/ou refrigerante. Enfeitar com pétalas de
rosas.
9-Torta
folhada salgada ou doce.
10-Cozido
Manouche: Feito com feijões vermelhos grandes, pedaços de carne e osso de
pernil de porco, alho poró em pedaços, salsão com as folhas em pedaços, alhos
comuns inteiros, cenouras e batatas cortadas em pedaços grandes, sal e
pimenta-do-reino moída na hora a gosto e arroz branco, que deve ser incorporado
na última etapa do cozimento.
11-Cozido
de arroz, batata, carne e páprica ardida.
12-Pão
de Milho.
13-Pão
redondo de Farinha de Trigo.
14-Polenta.
15-Grão
de bico com linguiça.
16-Pirão
de Milho.
17-Arroz
com lentilhas, carne seca desfiada e nozes.
18-
Pastel cozido, que pode ser doce e recheado com uva; ou salgado e recheado com
batata ou queijo de cabra.
19-
CHÁ CIGANO― É o chá preto, ou então o mate, com pedaços de frutas e mel. Pode
ser servido nas Giras, depois de consagrado. Muito solicitado pelas Entidades
Ciganas, como forma de comunhão e para transmitir boas energias. Cada fruta tem
um significado e uma função magística:
Maçã =
felicidade;
Uva fresca =
prosperidade;
Uva passa ou
ameixa = progresso;
Morango =
amor;
Damasco = sensualidade;
Damasco = sensualidade;
Pêssego =
equilíbrio pessoal;
Limão =
energia positiva e purificação da alma.
●Preparo:
Ferver água e despejar sobre o chá, abafando até que fique morno. Cortar as
frutas em pedacinhos, macerar bem e misturar ao chá. Coar e servir.
FONTES:
“Rituais e Mistérios do Povo Cigano"; “Ciganos- Rom- Um Povo sem
Fronteiras”,
livros de
NELSON PIRES FILHO, Ed. Madras; 2- Sites “Guardiões da Luz” e “Sociedade
Espiritualista Mata Virgem”.
LENDAS
SOBRE A ORIGEM DOS CIGANOS- Por Edmundo Pellizari
●Uma
lenda Cigana antiga diz que o Povo Cigano foi guiado por um rei, no passado, e
que se instalaram numa cidade da Índia chamada Sind, onde eram muito felizes.
Mas em um conflito, os muçulmanos os expulsaram, destruindo toda a cidade.
Desde então foram obrigados a vagar de uma nação a outra.
●Outra
lenda diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a
obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia, alguém
resolveu sair e subir às alturas, descobrindo o mundo da luz e suas belezas.
Feliz,
festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua
lealdade para com seu povo; retornou à escuridão e contou o que
aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e
dele também.
Contudo,
aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e, acreditando merecerem a luz
e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da
beleza e da natureza.
Deus
concedeu e concordou com o pedido, determinando então que poderiam subir à luz
e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder. Em troca,
concedeu-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas
e aconselhá-las para o bem.
●Segundo
outra lenda, narrada pelo poeta persa Firdausi, no século V d.C., um rei persa
mandou vir da Índia dez mil Luros, nome atribuído aos Ciganos, para entreter o
seu povo com música. É provável que a corrente migratória tenha passado na
Pérsia, mas em data mais recente, entre os séculos IX e X. Vários grupos
penetraram no Ocidente, seja pelo Egito, seja pela via dos peregrinos, isto é,
Creta e o Peloponeso. O caráter misterioso dos Ciganos deixou uma profunda
impressão na sociedade medieval. Mas a curiosidade se transformou em
hostilidade, devido aos hábitos de vida muito diferentes daqueles que tinham as
populações sedentárias.
BREVE
APANHADO DA HISTÓRIA DOS CIGANOS
FONTES:
1-“Introdução à História dos Ciganos”, da Historiadora e Educadora Denize
Carolina Auricchio Alvarenga da Silva; 2- “Os Ciganos”, site
da “Vida Simples”, Editora Abril Cultural.
Introdução- Hoje,
a maioria dos estudiosos concorda em que os Ciganos são originários do noroeste
da Índia. Seu idioma é o romanês, que tem semelhanças com línguas indianas como
o sânscrito, o prácrito e o punjabi. A sina de povo errante teria
começado quando eles foram expulsos da terra natal por invasores muçulmanos,
por volta do século 10.
Depois
de passar pela Pérsia (atual Irã), chegaram à Europa Ocidental, no início do
século 15. Viajavam em grupos de dezenas até várias centenas de pessoas,
conforme explica o antropólogo holandês Frans Moonen, coordenador do Núcleo de
Estudos Ciganos, com sede no Recife.
Em
razão de suas práticas ligadas ao sobrenatural, como leitura das mãos e
cartomancia, foram brutalmente perseguidos pela Igreja Católica. Em todo o
continente, com raras exceções, foram rejeitados e maltratados.
Chegaram
ao Brasil por volta de 1680, deportados de Portugal, segundo Frans Moonen, e trazidos
pela corte de D. João VI para divertir a comitiva, sendo cantores, músicos e
dançarinos.
Embora
não existam estatísticas relacionadas ao número de Ciganos no país, acredita-se
que os mais numerosos pertençam ao grupo Kaldrache, um ramo dos Kalon (também
conhecidos como Gitanos), que viviam em Portugal e na Espanha.
A
história dos Ciganos não é contada por registros próprios (documentos etc.),
mas a partir do seu contato com outras sociedades. Os interessados na
reconstrução de sua história usaram, principalmente, acervos de arquivos
oficiais de locais por onde eles passaram; e alguns se utilizaram do contato no
cotidiano e da tradição oral.
Principais
Hipóteses sobre as Origens dos Ciganos- Para uns, os Ciganos seriam
indianos;para outros, egípcios.
Outras
hipóteses: a de terem vindo de algum outro lugar da
Ásia (Tartária, Silícia, Mesopotâmia, Armênia, Cáucaso, Fenícia ou Assíria); a
de que seriam europeus de regiões afastadas da Hungria, Turquia, Grécia,
Alemanha, Bohemia ou Espanha (misto de Mouros e Judeus); a de que eram
africanos de outras regiões ( que não o Egito), como a Tunísia.
Após muitas
pesquisas, apenas duas hipóteses continuaram sendo examinadas pelos
Ciganólogos: a origem egípcia e a indiana.
Ao
longo de suas andanças seculares, os Ciganos incorporaram culturas de diversos
países, o que dificulta os estudos que tentam reconstruir sua origem e
dispersão pelo mundo.
Alguns
estudiosos chegaram a recorrer à Bíblia para explicar suas origens como
descendentes de Caim: “Sela, de seu lado, deu à luz Tubal Caim, o pai
de todos aqueles que trabalham o cobre e o ferro” (Gênesis, capítulo 4,
versículo 22).
Aplicou-se
também um texto de Ezequiel, capítulo 30, versículo 23: “Dispersarei os
egípcios entre as nações, e os disseminarei em diversos países”- já
que os Ciganos eram conhecidos como “egípcios”, quando chegaram à Europa.
No
século XVIII, linguistas apontaram indícios mais palpáveis da origem indiana,
ao comparar o idioma romani com o sânscrito (mais precisamente o hindi, uma de
suas derivações). Exemplo: pelo menos na Europa, o Cigano designa a si próprio
como “Rom” (Lom, na Armênia; Dom, na Pérsia; Dom ou Dum, Síria) ou então como
“Manuche”, palavras que são de origem indiana. “Manuche” ou “manus” deriva do
sânscrito e significa "homem livre".
Ainda
há divergências entre pesquisadores da Ciganologia, mas os estudos mais
recentes apontam para a origem indiana dos Ciganos.
Conta-se
que os Ciganos chegaram à Europa dizendo ter vindo do “Pequeno Egito”.
No
entanto, pesquisas atuais mostram que eles chegaram à Europa (Espanha) pelo
norte, ficando conhecidos como “egípcios”, embora não soubessem informar onde
ficava o “Pequeno Egito”.
Não há
elementos de certeza para se responder por qual motivo o local era chamado de
“Pequeno Egito”. Sabe-se, porém, que não se trata do Egito africano, já que o
itinerário das primeiras migrações Ciganas não passa pela África do Norte;
logo, não era possível terem vindo do Egito.
E se
tivessem saído do Egito em direção à Europa, percorrendo a costa africana,
chegariam à Península Ibérica pelo sul (e não pelo norte, como chegaram).
Inclusive, o Geógrafo Bellon, ao visitar o vale do Nilo, no século XVI,
encontrou pessoas designadas de “Egypicios” na Europa, mas que no próprio Egito
eram consideradas estrangeiras e recém-chegadas.
A
denominação de “egípcios” pode ter surgido da maneira dos europeus tentarem
interpretá-los com base no texto de Ezequiel que fala da dispersão dos
egípcios. Outra evidência de que não vieram mesmo do Egito é o fato de que não
há elementos egípcios no seu idioma.
A
partir da língua, do tipo físico e de algumas crenças religiosas dos Ciganos,
delineia-se uma trilha geográfica que permite localizá-los na Índia. Mas a
região exata ainda não está definida. Acredita-se que teriam vindo de Sind,
Punjab ou de outro ponto.
Estudos
sobre suas características físicas, bem como relatos sobre os caracteres dos
Ciganos revelam que suas principais semelhanças com os hindus são o rosto
comprido e estreito, cabelos e olhos negros, pele bronzeada, nariz um pouco
agudo, boca pequena, estatura de regular a alta, corpo robusto e algo que,
apesar de não ser físico, era notável: a agilidade.
A
Dispersão - Uma História de Perseguição e Sofrimento- Depois de
atravessarem a Pérsia (atual República do Irã, Oriente Médio), os Ciganos
viveram durante séculos no Império Bizantino, que compreendia vasta
região: Cartago e áreas do
atual Marrocos; Sul da Península Ibérica; Sul da França, Itália e suas ilhas; a
Península dos Bálcãs; Anatólia; Egito; Oriente Próximo; e a Criméia, no Mar
Negro.
Nos
primeiros anos do século XIV, os Ciganos foram para o Norte e alcançaram os
Bálcãs, região Sudeste da
Europa, que engloba: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, República
da Macedônia, Montenegro, Sérvia, o atual Kosovo, parte da Turquia no
continente europeu (Trácia), Croácia, Romênia e Eslovênia.
Depois
de uns cem anos, já estavam espalhados por toda a Europa. E eles surgem na
Europa justamente numa época de perturbações sociais e de intenso movimento nas
estradas. A sua natureza errante ou nômade e o seu caráter misterioso
transformaram a curiosidade inicial dos europeus em hostilidade. Eles foram
considerados inimigos da Igreja, que condenava suas práticas sobrenaturais,
como a cartomancia e a leitura das mãos.
A
partir do século XV, os Ciganos migraram também para a Europa Ocidental.
Geralmente se afirmavam originários do “Pequeno Egito”; e foram denominados de
“egípcios”, “egitano” e “gipsy”, entre outros.
Alguns
grupos se apresentavam como gregos e atsinganos; ficando conhecidos como
“grecianos” (na Espanha), “ciganos” (em Portugal) e “zíngaros” (na Itália).
Na
Holanda, a partir do século XVI, são denominados de “heiden”, que significa
pagão.
Na
França também foram chamados de “tsiganes”, “manouches”, “romaniche” e
“boémiens”.
Distribuíram-se, enfim, por várias zonas da Europa.
Distribuíram-se, enfim, por várias zonas da Europa.
Grandes
grupos de Ciganos vindos dos Pirineus chegam à Espanha, banidos dos países por
onde já haviam passado.
Na
Espanha, um Decreto de 1449 ordena o desterro de todos os que não tinham ofício
reconhecido (século XV). Nos séculos XVI e XVII eles são perseguidos e
torturados para confessarem “seus crimes”. Em 1663, Felipe IV os proíbe de se
reunirem, de usarem seu idioma, suas roupas e danças. O objetivo era a sua
desculturalização e desintegração como grupo. Já em 1783, sob o reinado de
Carlos II, fez-se uma política mais favorável e foram considerados
“neocastelhanos”. Depois, ainda no século XVIII, tiveram um período de paz
durante o reinado de Carlos III, que os utilizou nas artes. Mas governos
posteriores derramaram contra eles perseguições, tirando seus empregos e
privilégios.
Muitos
emigraram para Portugal; e mais tarde pereceram nas fogueiras da Inquisição de
D. João II, que promulgou leis de punição contra eles. Posteriormente, Portugal
deportou muitos Ciganos para as suas colônias, que eram a África e o
Brasil.
Documentos
atestam que os Ciganos chegaram à Inglaterra no século XV, por volta de 1430, e
logo se espalharam pelas Ilhas Britânicas, País de Gales, Irlanda e Escócia,
onde também foram perseguidos. Em 1563 as autoridades ordenam que abandonem o
país em três meses, sob pena de morte. Acreditando que os Ciganos vinham do
Egito, os ingleses os chamaram de "gypsies".
Devido
ao tom escuro da sua pele, nas terras aonde chegavam eram vistos pelos “gadje”
(estrangeiros, em romani) como “malditos” ou “enviados do demônio”.
Onde
permaneciam e lhes era permitido, os Ciganos trabalhavam como menestréis,
marceneiros, ferreiros, artistas e damas de companhia.
O fato
de praticarem a quiromancia e a adivinhação foi um argumento usado pela Igreja
Católica e pelas diferentes religiões cristãs da época para repudiá-los.
Esses preconceitos e hostilidades geraram diversos tipos de perseguições.
Na
Europa, a perseguição aos Ciganos não se fez esperar: através da Inquisição, o
Estado desencadeou seus mecanismos de perseguição. Os Ciganos foram proibidos
de usar seus trajes típicos, cujas cores berrantes e gosto extravagante fugiam
à norma social; não podiam falar sua língua, viajar, nem exercer seus ofícios
tradicionais. Foram até proibidos de se casarem com pessoas do mesmo grupo
étnico e, com isso, os traços fisionômicos dos Ciganos se alteraram, não sendo
hoje difícil encontrar Ciganos de olhos claros e cabelo louro.
Em
alguns países, foram reduzidos à escravidão.
Na
Romênia, os escravos Ciganos só foram libertados em meados do séc. XIX.
Na
Hungria e na Transilvânia, eram escravizados sob as acusações de roubo,
antropofagia e outras violações da lei, e muitos foram esquartejados ou
enterrados vivos em pântanos da região.
Na
Boêmia, eles tinham a orelha esquerda cortada, se por lá aparecessem, e também
foram acusados de canibalismo.
Na
Sérvia, também foram mantidos escravos até meados do século XIX e “caçados” com
muita crueldade. Deportações, torturas e matanças ocorreram em vários pontos
desse país.
Durante
o nazismo comandado por Hitler, acredita-se que cerca de meio milhão de Ciganos
foram assassinados. Nessa época, suas mulheres foram esterilizadas, seus filhos
eram brutalmente retirados das famílias e entregues a famílias não-ciganas,
seus cavalos foram mortos a tiros. Os seus nomes foram alterados, para fugir à
perseguição nazista; daí que não seja invulgar encontrar Ciganos com nomes dos
“gadje” (estrangeiros).
No
final do século XIX houve uma terceira migração de Ciganos do Leste Europeu
para os EUA. Num mundo onde tudo muda a uma velocidade alucinante, o destino
previsto para estes Ciganos é, por vezes, um tanto sombrio.
Após a
Segunda Guerra Mundial, muitos Ciganos das áreas rurais da Eslováquia foram
forçados pelos governos a trabalhar nas fábricas da Morávia e da Boêmia, as
regiões centrais mais industrializadas. Porém, em 1989, com a Revolução de
Veludo e o fim do comunismo no país, os Ciganos foram os primeiros a perder os
seus empregos.
Existe
uma pequena e assimilada elite intelectual Cigana, mas a maioria dos Ciganos da
Europa Central ainda vive em condições precárias, nas grandes cidades. Por
conta de perspectivas econômicas desfavoráveis, de um surto de ataques
neonazistas e do fascínio que a aparente prosperidade ocidental exerce,
milhares de Ciganos emigram para países ocidentais, onde muitos trabalham
ilegalmente, pedem esmola ou buscam asilo político.
Estima-se
hoje que existam 10 milhões de Ciganos, dos quais 60% vivem na Europa Oriental.
A Romênia, com 2,5 milhões, abriga a maior concentração mundial.
Mesmo
possuindo uma só origem, o Povo Cigano, durante perseguições e injustiças ao
longo dos séculos, tentou conservar sua cultura e tradição inalteradas. Prova
disto é o romanês, o idioma universal Cigano falado pelos Clãs em todo o mundo.
Atualmente,
dentre dezenas de grupos Ciganos, predominam os seguintes:
1-Grupo
Kalon – Falam o calon e são originários do Egito. Durante séculos,
situaram-se na Península Ibérica (Portugal e Espanha) e se espalharam por
outros países, inclusive da América do Sul, na condição de deportados ou de
migrantes. Em algumas situações, tiveram que ocultar sua origem, criando um
dialeto próprio, extraído da língua regional. O nomadismo é maior entre esse
grupo.
2-Os
Rom (ou Roma)― Falam a língua romani e se dividem em vários subgrupos
com denominações próprias, como os Matchuaia (originários da Iugoslávia), os
Lovara e Churara (da Turquia), os Moldovano (originários da Rússia), os
Kalderash (originários da Romênia), os Marcovitch (da Sérvia).
3-Os
Sinti ―Falam a língua sintó e são mais encontrados na Alemanha,
Itália e França, onde também são chamados Manouche. Fazem parte desta divisão
as Famílias Valshtiké, Estrekárja e Aachkane, todas francesas.
Os Ciganos,
ao contrário dos Judeus, nunca demonstraram desejo de ter o seu próprio país.
Nas palavras de Ronald Lee, escritor Cigano nascido no Canadá, "a pátria
dos Roma é onde estão os meus pés".
Conclusão- Por
toda a sua história de superação, pela sua extraordinária bagagem espiritual e
cultural, damos graças a Deus pelo fato de a Umbanda ser uma religião que
acolheu os Espíritos Ciganos, que são nossos conselheiros e orientadores, muito
sábios, e amigos fiéis, sempre que os solicitamos com respeito e devoção.
SALVE OS CIGANOS!
SALVE A RODA E A FORTUNA!
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